Meus Demônios

Perco-me dentro do próprio ego

A lucidez nos meus olhos me cega

Com a grandeza da minha perspicácia

De entender e abraçar as sombras

Talvez ando ainda perdido

Sempre de mãos dadas a ela

E pergunto-me onde quisera me levar.

Inseriu-me dentro da sua escuridão

Não pude perceber a claridade

O céu tão cinza

Assim como a linda lua

São normais quanto meus dias mortos.

Uso minha falta de vontade

Como desculpa pra tudo

Quem será que impera dentro de mim?

Levo uma injeção letal

E sinto a pancada no meu peito

A cada vez que olho para trás.

O medo do escuro perdura sobre mim

Talvez a partir de amanhã não seja eu

Possa ser meus demônios falando por mim

Você não conseguirá me entender

Meu choro não é drama

Não é mais eu que estarei dialogando

No meu mundo não existe mais um sol

A tristeza fez-me sucumbir às minhas fraquezas

Não sei mais sorrir

E além do mais, não consigo

Agora preciso apenas que compreenda

Meu inferno de quarto é meu céu

Não espero mais que algo me surpreenda.

Samuel Oliveira da Costa
Enviado por Samuel Oliveira da Costa em 21/09/2019
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