ÉRAMOS CINCO

No cafundó do juda,lá no pé do morro,
éramos cinco, eu e mais quatro cachorro,
que desde quando fihotes,os alimentei.
Por ter morando muito distante, uma fiha,
orfãos, os cães foram a minha família,
desde pequenos, com carinho os criei.

Por ser minha vizinha,uma ótima pessoa,
dei o primeiro, que presenteou sua patroa,
mais dois, foram embora para a capital.
Não tinha como trata los, por isso os dei,
e confesso que pelos três, muito chorei,
é que me apego demais,a qualquer animal.

Nunca mais os ví, desde aquele janeiro,
um já tem quinze anos,meu fiel companheiro,
que felizmente viveu muito bem comigo.
Mas esse cãozinho,uma figurinha querida,
já sente se aproximando o fim da sua vida,
não preciso dizer que foi meu fiel amigo.

Nunca um dia, eu o chamei de bernento,
e também muito menos a palavra purguento,
por que  agora, temos remédios de montão.
Um tristeza ao saber que ele vai me deixar,
nenhum veterinário pode, sua vida espichar,
o lugar de seu túmulo será no caramanchão.




 
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 02/12/2019
Reeditado em 02/12/2019
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