OS SEM NOMES
OS SEM NOMES
Onde dorme sua frágil alma,
Pequena e entristecida
Solta no mundo invisível
Da nossa imaginação?
Não o peguei em braços protetores
Não acalentei suas dores
Não pude fazê-lo me ouvir
Onde está o menino que deveria brincar?
Onde está o homem que não cresceu?
Onde está você sem mim?
Nessa tristeza amórfica
Apodrece o lado do coração para amar
Vive a angústia amarga de uma dor sentida
Enraíza a dor de existir
Em que mundo perambulas
Oh! Infeliz criatura?
Em que guetos procuras sua alma nua?
Terei que conviver com minhas úlceras
Feridas ferinas e fedidas
Movido a adrenalina e sangue
Pelo chicote endurecido
De uma vida que não floresceu