A Sede da Revolta ou Reviravolta.

O mar me trouxe sua maresia,

O vento me assanhou com sua forte ventania,

O chão me derrubou com sua agonia,

O sol deixou de clarear meu dia,

A lua e as estrelas não mais me iluminaram,

A noite tornou-se escura e fria.

A vida me arrastou por sombras nebulosas

Que levou meu ser ao limbo

Das trevas do não existir,

Criança homem, homem adolescente,

Vegetativo ser vivente.

Quando uma criança teve que ser forçado

A amadurecer brusca e violentamente,

Ela teve que viver um pesadelo

Onde nem uma pessoa adulta suportaria;

Ouvir o pai blasfemar que perdeu um filho

E o filho, que nunca teve um pai, soluçar a chorar.

Tive engolir esse engasgo,

Regurgitando esse segredo,

Maquiar uma felicidade aparente durante o dia

E borrar essa máscara em lágrimas durante a noite,

Em meu travesseiro.

Deficiente ansiando aos outros ajudar,

Assistindo o monstro solto a aterrorizar,

Vivendo solitário numa multidão

E mudo em meio a uma discussão,

Ansiando a morte para poder viver.

A única saída que tive

Foi falar às palavras que me engasguei,

Ser o melhor amigo do papel,

E depor todos os segredos monstruosos.

Os elementos nunca estiveram do meu lado,

Por mal estar, torvelinhos, terremotos, escuridão e frio...

Suas forças sempre quiseram me derrotar,

Me cansaram e em muitas batalhas

Quase alcançaram a me aniquilar.

Como a sua força estava na minha fraqueza,

Fui obrigado a ser forte para torná-lo fraco,

Como um pássaro de fogo,

Tive que ascender a chama

No meio das minhas próprias cinzas,

A História da minha vida me toma heroi das minhas conquistas

E é sobre as ruínas dos escombros da minha vida

Que construirei o alicerce sucesso das nações.

Jocca Zêmiph (07/11/2007)

Jocca Zêmiph
Enviado por Jocca Zêmiph em 08/11/2007
Reeditado em 12/11/2007
Código do texto: T728554
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