Cavalo negro
Nas noites sombrias, frias e perversas,
nos meus sonhos talvez,
ou no subconsciente de minha alma,
sei que nunca estou só.
Mas quem é esse que me visita,
que quando o procuro,
ele se esconde de mim pela vasta escuridão,
foge manso e assustado.
Nas noites estreladas,
vejo sua sobra correndo,
sobre lagrimas brilhantes,
sobre faíscas do céu.
Do sonho a realidade,
da tristeza a felicidade,
sem medo lhe procuro ansioso,
a busca do meu já amigo.
Finalmente o encontro,
e calado me surpreendo,
a encontrar um cavalo negro,
sozinho, feliz, sem um cavaleiro.
Juntos ao horizonte obscuro,
eu e o já meu cavalo negro,
antes prisioneiro,
agora dono de seu próprio destino.
A cada cavalgada,
a cada nova lua cheia,
eu e meu cavalo negro,
feliz, na esperança de se tornar seu eterno cavaleiro.