Ao cair da noite
Já vou indo
o meu tempo se foi
estou cansado
por isso digo um mero oi
Meus olhos derramam
as mais tristes lágrimas
afinal,o choro da vida
se constrói do nada
Meus sentimentos presos
dentro de um labirinto
será que um dia
irão se revelar?
Esta é a última semana
os últimos dias
e então buscarei
um amor a se concretizar
Não existe o tempo
o tempo presente,o tempo passado
quem dirá o tempo futuro
somos o tempo
Mas dói
quando ficamos sozinhos
na noite escura
e amarga
A chuva representa
as tantas lágrimas que derramo
será que não mereço
ser feliz ao menos uma vez?
A tristeza me corrói
em todos os momentos
eu tento enxergar,
mas não consigo
Estou cego
estou surdo
estou mudo
e estou caduco
Minha fragilidade fatalista
está sendo demonstrada
através
de tristes palavras
O amor dói
e dói muito
nos faz chorar
a torto e a direito
Olho a esmo,busco o horizonte.
tento profetizar
meras palavras bobas
neste poema
Sou mais um triste homem
filho do mundo
herdeiro do sal da terra
seco e amargo
Eu choro sempre
as vezes por fora
as vezes por dentro
e as vezes nos dois lados.
O mundo é binário
e dolorido
mas convenhamos
tudo passa
E busquemos nessa filosofia
de que tudo vai passar
e paremos um pouco
de chorar
A noite fria me espera
para um sono
de sonhos
e fantasias.