Ao cair da noite

Já vou indo

o meu tempo se foi

estou cansado

por isso digo um mero oi

Meus olhos derramam

as mais tristes lágrimas

afinal,o choro da vida

se constrói do nada

Meus sentimentos presos

dentro de um labirinto

será que um dia

irão se revelar?

Esta é a última semana

os últimos dias

e então buscarei

um amor a se concretizar

Não existe o tempo

o tempo presente,o tempo passado

quem dirá o tempo futuro

somos o tempo

Mas dói

quando ficamos sozinhos

na noite escura

e amarga

A chuva representa

as tantas lágrimas que derramo

será que não mereço

ser feliz ao menos uma vez?

A tristeza me corrói

em todos os momentos

eu tento enxergar,

mas não consigo

Estou cego

estou surdo

estou mudo

e estou caduco

Minha fragilidade fatalista

está sendo demonstrada

através

de tristes palavras

O amor dói

e dói muito

nos faz chorar

a torto e a direito

Olho a esmo,busco o horizonte.

tento profetizar

meras palavras bobas

neste poema

Sou mais um triste homem

filho do mundo

herdeiro do sal da terra

seco e amargo

Eu choro sempre

as vezes por fora

as vezes por dentro

e as vezes nos dois lados.

O mundo é binário

e dolorido

mas convenhamos

tudo passa

E busquemos nessa filosofia

de que tudo vai passar

e paremos um pouco

de chorar

A noite fria me espera

para um sono

de sonhos

e fantasias.

Stalker
Enviado por Stalker em 22/11/2005
Reeditado em 22/11/2005
Código do texto: T74653