Poema da Monera
Feixe ígneo e vasto da lanterna
Condutor de perdidos a tantas dores
Fruto da estupidez dos desamores
Mestre da indubitável dor interna.
Deixe-nos conduzir nossos clamores
Sem nos consumir a vida eterna
Na incomensurável pós-moderna
Desativação dos teus sabores
Quero que ouças agora o meu pranto
E que espante todas as quimeras
Pois tais monstros vêm de outras eras
Nos impedir de usar da vida o manto.
Transmutação antiga das moneras
Veio esconder o nosso eterno canto
Estaria frio se não fosse santo
O foco quente dessas vis lanternas,
Que irrompem na pele como um leicenço
Deixando em parte “nosso corpo” tenso
Como se “fossem” um só corpo o nosso.
Leva adiante as glórias dessa farsa
Tal qual o arauto etéreo da desgraça
Determinando que eu nada posso.