Enfermo

Deitado,

um largo vento nupcial,

traz vazio um peito

louco,

marginal.

Sobre pétalas

sem fascínio,

seu livro de adoração,

unge a morte,

o esquecimento

seu calabouço

no coração.

O olhar,

ratos de noites frias,

desaba lento como a cantar

preces,

mantras

e alegorias.

No escuro o desejo

de no seu leito

a dor espiar.

Dil Erick
Enviado por Dil Erick em 27/12/2007
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