ECOS DE UM AMOR PERDIDO

Ela caminha silenciosa,

entre as sombras do que foi,

no espelho, a face cansada,

reflete um coração espedaçado .

O marido, um estranho agora,

com palavras que já não tocam,

ela ouve, mas não escuta,

pois sua alma em outro lugar toca.

No fundo do peito, ecoa

um nome que o tempo não apaga,

um amor que o destino levou,

mas que em seu ser ainda se alonga.

Era ele, o grande amor,

que um dia partiu sem aviso,

deixando-a à beira do abismo,

num mundo que parecia vazio.

O marido tenta, insiste,

com gestos de afeto e cuidado,

mas ela já não sente o mesmo,

pois o passado está gravado.

Nas noites frias e solitárias,

ela sonha com o que poderia ser,

com o amor que nunca esqueceu,

e que ainda faz seu coração doer.

E assim, entre o presente e o passado,

ela vive dividida, sem paz,

pois o amor que um dia foi seu,

ninguém mais no mundo trará.

Mas a vida segue seu curso,

e ela sabe, no fundo da alma,

que um dia terá que escolher:

viver no ontem ou renascer na calma.

Por enquanto, ela apenas respira,

entre lembranças e desejos,

esperando que o tempo cure,

ou que o destino traga novos beijos.

Igor da Silva Chaves
Enviado por Igor da Silva Chaves em 08/02/2025
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