Feridas.

Feridas nas mãos, feridas nos pés,

feridas no coração que ainda ousa bater.

Bate e bate a cada segundo, com tremores,

me causando mais e mais dores.

Cicatriz relutante, aberta sem alarde,

um convite ao toque que arde.

Já lhe disse que aqui mais ninguém deve entrar,

mas ela ousa a porta aberta deixar.

Será novamente e novamente ferido...

Até quando vai querer viver assim?

Ela não é você, e você não é essa necessidade,

nem mesmo essa personalidade e entidade.