TPB
Há de novo, o vazio me pega,
Oscilo entre ele e o triste profundo.
Há de novo, você me nega,
E volto ao estado moribundo.
Minha doença não se pega,
Se constrói aos poucos, no poço, no fundo.
Faça-se do vazio minha identidade,
Que qualquer um seja meu mundo.
Depois de ser como tive vontade,
Sozinho, me reconheço um vagabundo.
Estranho meu querer, minha verdade,
Quem me dera ser alguém...
Procuro intensamente,
Encontro ninguém.