Bruta noite

Da minha janela singela,

Vejo lágrimas no céu.

Sinto minh'alma tornar-se réu,

Culpada por tanto anseio.

O raio que corta a escuridão

Abre feridas no coração.

O azul se desmancha em breu,

E o frio penetra minha pele.

Ah, bruta noite do vazio,

Que traz um sopro sombrio

E a tristeza sutil

Que a todos nos consome.

O ócio humano,

Pesado e insano,

Torna o mundo mais cruel.

E eu, perdida, observo o céu.

Felipe Mattos e Sofia
Enviado por Felipe Mattos em 18/02/2025
Código do texto: T8267303
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