Espelho da dor

Espelho, espelho meu, entre cacos quebrados,

Vejo o rosto sonhador, o semblante arrebatado.

Ela viajaria através do tempo,

Despedindo-se das angústias, rumo ao desconhecido.

Sonhara com planos, desejara conquistar,

Aquele mundo novo, pleno de promessas a alcançar.

Dissera sim para tudo, menos para si mesma.

Mas não venceu sua própria alma,

Deixou-se destruir, e eu me despedaço.

Ela se perdeu, eu me perdi,

No labirinto de seus sonhos desfeitos.

E agora, escolho quebrar o espelho,

Para não ver mais o reflexo de nossa dor.

Felipe Mattos e Rouxinol de Julho Virgem
Enviado por Felipe Mattos em 27/04/2025
Código do texto: T8319480
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.