Espelho da dor
Espelho, espelho meu, entre cacos quebrados,
Vejo o rosto sonhador, o semblante arrebatado.
Ela viajaria através do tempo,
Despedindo-se das angústias, rumo ao desconhecido.
Sonhara com planos, desejara conquistar,
Aquele mundo novo, pleno de promessas a alcançar.
Dissera sim para tudo, menos para si mesma.
Mas não venceu sua própria alma,
Deixou-se destruir, e eu me despedaço.
Ela se perdeu, eu me perdi,
No labirinto de seus sonhos desfeitos.
E agora, escolho quebrar o espelho,
Para não ver mais o reflexo de nossa dor.