Falso poeta

Não me julgue poeta,

assim como poeta de ilusões,

sonhos e vaidades,

justiça e verdade,

eu sou aquele que se esconde,

o falso poeta.

Me rendo as bajulações,

escrevo sobre mim,

mesmo ainda não me conhecendo,

já não entendo meus sentimentos,

pensei que conhecesse meus limites,

mas acho que já passei por ele a tempos.

Se eu não tenho a poesia,

me restou somente o amor,

e se o amor não é o bastante,

apenas me restou a solidão,

solidão de uma vida não encontrada,

ilusões e sonhos afogados em literatura.

Sou falso,

falso comigo mesmo,

me escondo através de olhares,

olhares alegres e contagiantes,

sorrisos tão falsos quanto as palavras,

AH! triste falso podridão de poeta.

Não sei mais quem eu sou,

e creio que mais ninguém possa saber,

na verdade eu tenho medo de nunca me conhecer,

porque me perco cada vez mais?

a cada pensamento, cada desabafo,

malditos pensamentos que corroem a alma.

Não sei porque,

e na verdade eu não me importo,

literatura vazia essa a minha,

leitura inútil essa a sua,

poesia sem vida,

poesia do falso poeta.

Thiaguinhu
Enviado por Thiaguinhu em 01/02/2008
Código do texto: T842680