Sombras e Correntes

Como se nuvem negra

Ludibriasse meus pensamentos

A mão que sufoca meu peito

Enrijece meus sentimentos

O sono me foge nas horas

Em que deveria me servir

O Outono não é mais inverno

E no meu inferno

Não sei o que sentir

No porão onde me escondo

De ti e do meu coração

Nem eu mesmo me encontro

Também te busquei e achei solidão

Em brasas meu senso

Irrequieto e afoito

Na escuridão submerso

No caos pressurizado

Desde que fui arrebatado

Da morte em pleno coito

Não me falta o siso

Me sobram correntes

Além do preciso

Não me falta o vazio

Sobram-me as sombras

Em que me extasio