De olhos vendados

Nesse verde prado bravio

Onde me sento a descansar ,

Brotou água fez-se um rio !

É tudo tão natural ,

É obra da Natureza ,

Criadora universal !

Banho-me nessa água

Nua de preconceitos ,

Embora vestida pela mágoa

De quem acompanhada

Se sente só .

Oh ! Lamento a confusão de conceitos !

Sinto-me magoada ,

Maltratada , talvez ...

A solidão venda-me os olhos

Como uma tempestade

Que ao passar levanta pó .

E na proximidade

Não enxergo nada ,

A não ser uma rajada

De brisa , de vento ...

Ilustrando o meu temperamento ,

Depressivo , numa palavra só .

Não que esteja sozinha

Pois conheço o amor

Que me deram a conhecer .

É essa teimosia , essa agonia

De Ter vivido

Essa doença a que chamam depressão ,

E não mais Ter esquecido

Um tempo tão sofrido ,

Cheio de dor e aflição .

Medicamentos .

O médico começa a prescrever ...

Mas não são milagrosos

E nós somos teimosos ,

Temos preguiça em ajudar .

Pare para meditar !

Tem que Ter força de vontade

Para saborear a liberdade

De quem vive a paz interior !

artescrita
Enviado por artescrita em 29/12/2005
Código do texto: T91828