DE VOLTA PARA CASA
De volta para casa,
angústia no peito.
Não estou satisfeito
com tudo o que vejo
mas, não posso mudar.
Às vezes as mudanças,
no rumo da vida,
abrem feridas,
dor e tormento.
Não posso sofrer,
sem causar sofrimentos.
Feridas profundas
dilaceram meu peito,
pois não estou satisfeito,
com o mundo que habito.
De volta para casa,
vou seguindo aflito.
A família me espera,
e ansioso eu retorno
com saudades sem fim.
E pergunto a mim mesmo:
O que será de mim?
Deste espírito que habita, um corpo
que ora se mostra ao mundo?
Gostaria de poder falar,
somente com a razão,
sem nenhuma emoção.
Esquecer os sofrimentos,
deixar as dores de lado.
Mas eu me calo no momento
em que acabo de pensar
e com sorriso forçado,
começo a chorar.
29/03/1982-VEM