DE VOLTA PARA CASA

De volta para casa,

angústia no peito.

Não estou satisfeito

com tudo o que vejo

mas, não posso mudar.

Às vezes as mudanças,

no rumo da vida,

abrem feridas,

dor e tormento.

Não posso sofrer,

sem causar sofrimentos.

Feridas profundas

dilaceram meu peito,

pois não estou satisfeito,

com o mundo que habito.

De volta para casa,

vou seguindo aflito.

A família me espera,

e ansioso eu retorno

com saudades sem fim.

E pergunto a mim mesmo:

O que será de mim?

Deste espírito que habita, um corpo

que ora se mostra ao mundo?

Gostaria de poder falar,

somente com a razão,

sem nenhuma emoção.

Esquecer os sofrimentos,

deixar as dores de lado.

Mas eu me calo no momento

em que acabo de pensar

e com sorriso forçado,

começo a chorar.

29/03/1982-VEM

Vanderleis Maia
Enviado por Vanderleis Maia em 13/04/2008
Código do texto: T944316