Envolta em penúria

Em torno de mim mesma

Dou mil voltas sem parar .

Para mim parar é morrer ,

Morrer é deixar de sonhar !

Preocupa-me o deixar de sonhar ,

Porque o sonho alimenta a esperança ...

A esperança de que um dia possa ver um sorriso

Estampado , no rosto daquela criança .

É que por muitas voltas que dê

Só consigo ficar tonta .

O Homem tem olhos mas não vê

Que erra vezes sem conta .

Chegada a penúria

Começa-se a revoltar ,

E no seu estado de fúria

Já nem ouve a voz

Que veio para o aconselhar .

São inúmeras as calamidades

Cometidas por um Homem

Que se diz um Ser racional .

Não apontemos nomes nem idades ,

Saibamos sim discernir o bem do mal .

artescrita
Enviado por artescrita em 07/01/2006
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