QUANDO A TARDE MORRE
Nadir A. D’Onofrio

Sinto morrer meus sentimentos
No silêncio triste que antecede a noite,
O medo se apodera de mim.
Não ouço mais os meus pássaros
Voltaram, todos para seus ninhos.
O ocaso maravilhoso
Causa sempre essa, melancolia
Chego ter quase certeza...
Que não estarei viva amanhã,
Para ver o sol nascer.
Mas quando a noite se abre,
Como porta joia estrelado,
Olho para o firmamento...
Na minha pequenez procuro entender,
O significado do meu viver.
Deixando o pensamento vagar
Sinto-me, livre da força da gravidade!
Nesse mágico instante,
Todo temor é dissipado.
Sou parte infinitesimal do universo,
Não existindo para muitos,
Necessária para mim mesma...
Vivencio minha transformação
Passo entender minha posição.
Sentir medo?
Descarto esse pensamento...
Existe princípio, meio e fim.
Por esse caminho todos os seres trilharão,
É a lei natural da evolução...
Volto nesse momento
Agradecida pelo entendimento.
Feliz então adormeço
Quem sabe, logo mais eu possa acordar,
Isso... se meu tempo no planeta não terminar...
Ouvirei novamente os, pássaros chilrearem
Anunciando o meu novo dia!
Mais uma vez, minha reverência ao sol farei,
Ao CRIADOR, um mantra em agradecimento entoarei.

11/03/2005
Santos/ SP
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