Parabéns, Mãe querida!
Mãe, hoje, é Páscoa,
mas, também, é seu aniversário...
Dia algum me esqueço de você.
Você foi para junto de Nossa Senhora
há, exatamente, 15 anos atrás,
num mês de maio florido,
onde foi colher as flores do amor,
de um amor imenso que você plantou
em nossos corações.
Não me importa saber se outros filhos seus
lembraram deste seu aniversário,
ou se acharam que já não completa mais
as suas primaveras...quanto engano!
A data de seu nascimento
sempre será por mim lembrada.
E, nestes versos feitos com amor,
eu cumprimento o amor de minha vida!
A fabulosa mulher que você foi aqui!
O ensinamento que você me deu,
a inteligência que você me legou,
a honradez que você me transmitiu...
Não tenho sequer 10% da sua inteligência,
mas a tenho em quantidade necessária
para entender que o amor é o presente maior
que se pode dar e receber...
Amor que não morre com o corpo,
mas sobrevive com o espírito!
Amor que não tem os limites da matéria,
mas as dimensões do infinito...
O amor recebido é retribuído
como fagulhas de um fogo eterno,
que arde nas noites frias
e brilha junto com as estrelas...
Um fogo que não se apaga na pira sagrada
da compreensão, do carinho e da fé...
Um fogo que aquece, alimenta o espírito,
transmitindo vivacidade à própria vida!
Isto você me ensinou na sua trajetória aqui...
E muito mais que você pensou
que eu havia negligenciado, esquecido...
Mas as lições da Mestra estão presentes,
embora ausentes as moléculas da sua matéria...
Se não posso beijar seu rosto,
posso abrigar-me em seu coração!
Se você está morta para o mundo,
no meu mundo particular está viva,
presente, amada, abençoada e me abençoando!
Minha mãe, 15 anos se passaram
e meu poema diz para você que a eternidade
é, apenas, o presente que não passa,
misturado com o passado e junto com o futuro...
Você está aqui comigo, em casa,
comemorando seu aniversário e nossa Páscoa!
Sempre vou amar você, com meu corpo e minha mente,
ou, apenas, quando eu for tão só espírito como você!
Somos a continuidade de um amor que vem de Deus.
Somos dele a plenitude da vivência.
Seremos, um dia, duas almas que não se deixarão jamais!
(hoje 24/04/2011)