OS MANSOS E OS FEROZES

É preciso entender pelo menos um pouquinho

Das linguagens bem sutis

Para abrandar as lágrimas

Que brotam dos olhos e a dor

Que apunhala o coração

Os algores dos mansos e dos ferozes

São arbustos daninhos

Que aniquilam os sentimentos

Mais bonitos e profundos da alma

E se esboça no coração

Eles se aproximam, para o

Combate de perfeitos fogos do bem contra o mal.

Acalma-te, oh! Coração!

Dessa sentença que um dia tornará Sua glória!

Regenera e consola!

Chora de tanto esperar impacientemente!

Esta é a sede dos que amam

Sede de um amor universal, ponderável

Morte sem pecados

Várzeas significantes da natureza

Pois este amor saudável e curável

Modifica os corações espedaçados de tristeza

Vela noite e dia

Os mansos nos pensamentos nos guiam

Reciclando o perfeito do imperfeito

Assim como faz a natureza

E nesse anseio de igualdade

Cabe a cada faculdade

O saber ou o errar

E nessa conduta de espera

Viver o poder que libera

O caminho encontrar

Na teia que tece os defeitos

Brigam também os perfeitos

Para seus defeitos consertar

Por longas vidas, assim passam

Os mansos a simbolizar

E os ferozes que se agonizam

Sofrem dores da ironia, para poder se curar

No acalento que ainda sombreia

Num brilho que não esmoreia

Conhece o campo e semeia

Deixando o amor transbordar

Fê-lo milagroso e caloroso

Seu destino pavoroso

Dentro do peito faz repensar.

ALMA DA LUA
Enviado por ALMA DA LUA em 26/08/2005
Código do texto: T45444