O antigo avarento em seu renascer

Ordenada lista de afazeres

Detentora das matérias da redenção;

Misericordiosas funções para com seres

Passíveis de vindoura perfeição.

E lhe compete sublime missão

Orgulhoso do peito vazio;

Ontem, dono de malquista emoção,

Agora serviçal do desmemorio.

Fugidias lembranças atravessarão

Sua mão miúda, nova, indefesa;

Trazendo por trás de um coração

Maledicência, erro, avareza.

Cresce modesto em pobre ambiente

Com passo humilde, frio, descalçado;

Exaltando o mesmo pensar incoerente

O errôneo julgar do injustiçado.

Mas extrai do caminho oportunidade

De enxergar no amor a grande riqueza;

Liberta o espírito na caridade

Doar-se em plenitude, sua certeza.

Enxerga no simples, remição certeira

Renuncia pejoso à antiga mazela;

Bem vale suster-se a vida inteira

E voltar ao Lar com a alma bela.

Juliana Pereira
Enviado por Juliana Pereira em 03/11/2013
Código do texto: T4554614
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