ILUSÃO

Ser profano, apócrifo e ateu

Uma soberba escolha, uma opção

Extrapolar desejos, uma vocação

Que choca, incomoda o mundo regular

Transcender a ordem da História

Arrebatar corações frágeis, submissos

Negar juízos de valor, fazê-los contraditórios

Um artifícios dos fracos, oprimidos

Não dar ouvidos à ordem instituída

Fazer da tua decisão a lei que te governa

Transformar-se no Homem das Cavernas

Esbravejar, rosnar, ser como um cão maldito

Um artifício próprio dos aflitos

Que por amor à liberdade exalta

Um grito, um brado, um canto de amargura

Das trevas da urbe insana que sucumbe

Todos os sentimentos humanos e ilude

A nossa essência terna, nossa salvação.

FRANCISCO ROBERTO PINHEIRO TOMAZ

Tomaz
Enviado por Tomaz em 18/09/2005
Código do texto: T51671