Tal Homem
Eu queria ser homem
Como o é o animal descrito nos dizeres divinos
Que tem sua razão fundada nos estatutos tácitos da moral,
Do certo aos olhos humanos, que projetam
A intenção divina nos escritos sagrados
Nas mensagens da lei suprema do amor, aquela inscrita
No coração do homem, livro aberto ao tempo
Esse animal descrito por Deus como seu filho
Esse filho perdido pelo poder lhe atribuído
Que é perfeito poder edificador de imperfeições
Em mãos erradas a vara de condão produz horrores
...
Eu queria ser como aquele homem
Que aprenderia a ser perfeito, não sei como
Nesse mundo de valores distorcidos
Nessa pureza de intenções, isoladas ilhas
De pessoas que amam o próximo como a elas mesmas
Já dizia o Filho do Homem, que na realidade
É filho de Deus, divino ser que perdoou o mundo
E que amou o mundo
Como ama a ele mesmo, um nobre exemplo
Que nunca apaga-se com o tempo
...
Enquanto eu perseguir a idéia de ser tal homem
Serei inescusavelmente autor de meus erros
E o amor, lei suprema que governa o universo
Ainda ser-me-á um complexo código apenas compreendido
Em parte através dos dizeres divinos por nós conhecidos
Nas palavras imortais que descrevem, dentre outros talentos
Um animal imbuído de razão e sentimento:
Um livro aberto no qual Deus escreve uma página por dia
Sobre o verdadeiro significado da palavra inscrita
No coração do homem, denominada por Ele de amor