Guardiões

Não há como fugir ao que a Lei nos determina

Pois antes mesmo de nossa concepção

O Criador já nos traçou uma reta sina

E nos deu à Luz com uma missão.

Mas a nossa consciência, humana e imperfeita,

Adormece em nossa memória imortal

Lembranças e experiências da vida espiritual

Guiando-nos por onde a ignorância espreita.

Nascemos da Luz e na Luz para evoluir

Como ínfima parte do Supremo Ser

No entanto, humanizando-nos, começamos a ruir

Ao cedermos às tentações do Ter e do Poder.

Caímos, pois, das Trevas em domínios sombrios

Padecendo em vales de dor e sofrimento profundos

Atormentados e atormentando nos dois mundos

Queimando e congelando em terríveis calafrios.

Subjugamo-nos a seres poderosos e infernais

E perdemos a nossa consciência divina

Passando a escravos e senhores de seres trevosos e carnais

Alegrando a Escuridão que à Luz abomina.

No entanto, por mais baixo que desçamos no Umbral

De nós e dos outros a Lei sempre nos guarda

E a direção, à revelia da Luz, desviada

Reapruma-se aos poucos até extirparmos o Mal.

Para tanto, há guardiões nas Trevas e na Luz

Que zelam e executam o que já estava escrito

Cumprindo a Justiça sem o capuz

Da hipocrisia e resgatando o que havia prescrito.

Cícero – 14-09-2016

Cícero Carlos Lopes
Enviado por Cícero Carlos Lopes em 27/09/2016
Código do texto: T5774312
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.