A aguia

Em um quarto escuro,

De dia,

Se via,

Uma aguia emjaulada,

Que havia seu bico gastado,

Das grades tanto morder,

Pobre ave,

Que de angustia e humilhação,

Estava prestes a morrer,

Mas o Sól que todos os dias,

Exatamente ao meio-dia,

Na janela do quarto surgia,

Com seus raios de luz, a animava,

E forças lhe dava,

Para jamais desistir,

Daquela prisão, fugir,

Bicava,bicava,bicava,

Mas de nada adiantava,

Seu cruél algoz ria,

De sua inutil tentativa,

Da almejada liberdade,

Um dia,conquistar,

Então um dia,

Quando quase desfaleci-a,

Juntou forças e deu a última bicada,

Que resultou na queda de seu bico ao chão,

Mas junto a ele, caiu também as grades de sua prisão,

A aguia então se lança ao céu,

Degustando o prazeroso sabor,

Da felicidade,

Que poucos o sabem, mas é prima da liberdade,

E voando cada vez mais alto,

(Quanto mais se tem, mais se quer ),

Parte rumo ao Sól .

O Príncipe
Enviado por O Príncipe em 16/10/2005
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