Quando eu falei com Deus!

Queria subir ao alto da montanha
A cuja sua subida era árida
Não tinha uma árvore
Nem... Uma flor
Nem... Uma Giesta
Nem... Um cacto
Tudo era inerte
Seco, triste e só
Apenas o vento trazia vida
Sobre o sol escaldante
As pedras ferviam 
O azul do céu 
Amaciava toda a sua dor
E eu subia e subia...
Transpirando amarguras!
Escorregando ás vezes...
Causado pelas palavras azedas
O sol crescia à medida que eu subia
A pele queimava como o ovo frita
Ali, num lugar do nada e onde nada...
Nascia e apenas, a morte era evidente
E eu era um nada, um Ser bem pequeno
Saltavam sobre os olhos o suor ardente
Queria olhar para o céu, mas não podia
Minha cabeça queimava e muito ela doía
Confusa em meus pensamentos 
Eu subia, subia e desespera mente subia!
Eu queria estar com Deus e só assim 
Aconteceria... Era só eu e Deus!
Olhava para baixo e o coração apertava
O medo travava toda a minha fé
Subo ou desço? – Eis a questão!
Sentei desfalecida de cansaço
A minha água, meu Deus, ela acabou...
O que faço desisto ou continuo?
O lado direito diz, continua.
O lado esquerdo diz, desiste.
Resolvi bater na porta do coração
Sabiamente ele me disse: 
Continua e confia...
Assim o fiz, subia e cada vez que subia
O ar modificava era bem mais fresco
Sentia-me tão leve 
Como o ar que eu, respirava...
Cheguei bem no topo da montanha
Olhei a minha volta, meu Deus!
Quanta beleza, quanta maravilha
No meio de cascalho muito solto
Ajoelhei-me num choro de alegria
Agradecendo a Deus pela imensa alegria
Que só o meu pobre coração sentia...
Uma borboleta azul voou em círculos
E eu soube naquele exato momento
Que era Deus conversando comigo!


 
Paz profunda!

 
Betimartins
Enviado por Betimartins em 08/12/2017
Código do texto: T6193530
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