Meus olhos

Os meus olhos vêm o que muita gente não vê

Enxergam o mais além e contemplam a dor sem desdém

Rasgados e negros, viajam num mundo só deles

Não esperam por ninguém

Acreditam no inacreditável

Por vezes fecham-se em copas

Imaginam o imaginável

Jogam as cartas todas

Choram e conseguem fingir a dor

Como um bom poeta fingidor

Que vive vidas alheias

Sem medo das tareias

Que leva e nunca se cansa

Mesmo sofrendo, ainda dança

Com regozijo

São os meus olhos,

Que já viram de tudo nesta vida

Mal vivida e pouco compreendida

Epifashion
Enviado por Epifashion em 20/04/2018
Código do texto: T6313888
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