Adaptação

Para o final desta calçada

Em que nos encontramos nós

Foi concebido um destino

Pelas nuas mãos da rebeldia

A curiosidade alheia

Deu vida à morte da humanidade

Deus faz a sentença

E pede-nos fidelidade

Eu me prostro a ti

Fi-lo vezes a falhar

Com medo de estar a ser surdo

Para ouvir-te a voz

A tua graça me basta

Podendo não ser o bastante

Para eu viver em paz

E acreditar que és amor

Ou acreditar nas minhas dúvidas

Em vez da convicção de graça

Eu não vejo os sinais

Ou pelo menos me distraio

A fugir da verdade

Fartei-me de não te entender

Portanto

Levo a adaptação como opção

Os problemas como oferta

Se és tu que mos dá

Assim como os dias

Seguem-se no calendário

E os anos passam

Carregando as estações

Estranha é a igualdade

Para uma eterna posteridade

Vendo a diferença a fazer o mundo

A indiferença a maldade

E saber que tudo isso

Deveria acontecer...

Widralino
Enviado por Widralino em 08/08/2018
Código do texto: T6412723
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