Manar
Arrematou-me a penumbra
Expurgos vertiam dos meus olhos
E regava a terra que me carcumia o corpo
Na brasa do fogo transmutador
Senti a dor do arder
Minguei feito fumaça densa dispersa pelo vento de Oyá
Diminuta tornei-me
Me escorria dos lábios o amargo dissabor
Feito cobra peçonhenta liberando seu veneno
Exauri-me
Esvai-me
Catarseei-me pela terceira vez
E reconstitui-me no colo d'Oxum
De tua água, matei a sede do amor com que me preenches
Adocei o que outrora adoeci
E na pureza de erê
Eu libertada sorri