PORTA ABERTA

PORTA ABERTA

Vejo o meu corpo

(a visão aqui,

é a da alma, pelos

olhos carnais),

como uma porta

aberta, para a alma

que sai a qualquer

momento do cárcere

que lhe retém

a vida liberta,

mas lhe oferece

ocasião de aprender

a apurar

o sentimento.

Ao sair do corpo,

ela não se sente

deserta,

porque a reveste

o perispírito;

serve-se então,

do passar do vento,

e lhe pede leve

assento, voando;

no entanto,

até então, está presa

ao cordão fluídico,

cujo sinal de alerta

lhe indica o retorno

ao corpo físico

que habita.

Assim,

embora a vida física,

por dado tempo

lhe encarcere, a alma

sabe que a porta

de saída está sempre

ao seu alcance, seja

no torpor do corpo,

ou pelo sono

reparador, enquanto

não lhe sai

em definitivo,

pela morte do corpo,

que a deixa livre

a voar, qual

pássaro espiritual.

O corpo, então,

não é nenhum

empecilho

para a alma sair,

mas o aprender

na vida física

lhe exige bom senso,

que quase

não é exercido

quando ela ainda

é inferior,

cujos defeitos e vícios

lhe acompanham

nos desdobramentos

astrais, que somente

mediante as sucessivas

encarnações

podem os corrigir,

a fim de que possa,

enfim, regenerar-se.

Escritor Adilson Fontoura

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 13/11/2018
Código do texto: T6501838
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.