O PERFUME DA ROSA

O PERFUME DA ROSA

Quando te cheiro,

sinto em tua pele macia

o perfume da rosa

que se dispersa em pétalas

sob o lençol que nos

envolve, mesclando-se

com a brisa noturna

que adentra pela janela

entreaberta,

a nos trazer o encanto

da noite enluarada.

Rimos juntos,

tao cúmplices dos nossos

gestos amorosos,

sem percebermos

que o silêncio da noite

também nos move,

nos inquieta, nos excita

em meio a penumbra

da madrugada. O olho

esplendoroso da lua

nos observa sorridente,

e apenas nos envia

as emanações dos seres

de luzes; que são

absorvidas por nossas

almas bem contentes,

talvez imitando a beleza,

a sedução, a paixão

dos amantes andaluzes.

Quem nos ilumina,

senão a Causa que nos

Cria, e nos faz sermos

seres amorosos? Quem

nos embeleza, senão

os seres angélicos

com as suas sublimes

egregoras celestiais?

Quem nos consola,

senão os anjos de guarda

caridosos? Quem nos

guia, senão as luzes

cristicas que nos

conduzem pelas sendas

transcendentais?

Ademais, amor, sabemos

que dois corpos

nos revestem: um,

nos detina ao amor

carnal; outro, ao amor

espiritual; nos rendemos

então, ao repouso

dos nossos corpos

extenuados; corpos físicos

que morrem momentâneos,

enquanto os nossos

perispíritos se desdobram

destes, para mais uma

sessão de voos amorosos

espirituais, antes que a lua

perca, no avanço da noite,

o seu encanto de deusa

iluminada pelo sol.

Escritor Adilson Fontoura

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 06/12/2018
Código do texto: T6520222
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