†† VEREDAS VERMELHAS ††
Nossa terra se afogou em fúria,
Não dando margem à bondade;
A prole dos reis virou a escória,
Acabando com toda a caridade.
A cólera toma o lugar do amor,
Multiplicando-se com a língua;
A alegria se transforma em dor,
E o povo de Deus fina à míngua.
São vistas inúmeras contendas,
Sendo a maior parte desonesta;
São estas que geram tormentas,
Cujas, qualquer sujeito detesta.
Peleja-se contra a própria raça,
Que é uma peleja errada e fútil;
E a alma despenca na desgraça,
Quando a vida é avaliada inútil.
Será isso mesmo que ansiamos?
É a destruição o que queremos?
De onde viemos e aonde vamos?
E para o Paraíso que corremos?
Não é esta a verdadeira guerra,
Pois causa só dissensão conosco;
O demônio aclama-nos da serra,
Dizendo: A morte seja convosco.
A garganta é um jazigo aberto;
Intui-se só destruição e miséria;
Todo coração é aflito e soberbo;
E o homem se fez mera matéria.
O que se enxerga é só contenda;
Todos desconheceram paz e luz;
Não existe nenhum que entenda,
E vá à procura do Senhor Jesus.
Sangue se difunde sempre mais;
Receio que se tornou coisa séria...