SILÊNCIO
Pobre sábio mudo.
Conhecedor de tudo
nada explica.
Estão surdos!
Dos deuses do Olimpo
suplica a atenção, contrito.
Deles, tornou-se porta-voz solitário,
nas praças ... no limbo.
Falando através de gestos,
sua mensagem é funesto ...
Deixa parvo o expectador,
que diz ... não presto!
Cansado de pregar para o vento
volta para casa, o sujeito.
Mais um dia ninguém ouviu.
Mais um em si; preso ...
Na introspecção do sábio
encontrou-se com o passado.
A tolice da mocidade
emudeceu a verdade do lábio!
"Pondo a verdade em silêncio..."
PEREZ SEREZEIRO
José Roberto Perez Monteiro - Londrina Pr
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