EXORTAÇÃO

Vós que sois de tudo o Criador

Vede: minhas mãos estão sujas

Diante de uma fuligem em cujas

Partituras não posso mais compor.

Olhai os nichos do corpo enfermo,

Podei vós dar-me um sinal de cura?

Os pés cansados não me seguram,

Porque sabem que estou em erro.

Sou vassalo do vosso santo indulto,

O que é pecado já não está oculto,

Estendei sobre mim a vossa bênção...

Julgai vós: posso viver sem poesia?

Curai-as... Assim eu me refinaria...

Descreveria do amor vossa oração!

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 09/03/2019
Código do texto: T6593628
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