Ogdóade

Ó, Poimandres,

A cada sizígia um par macho-fêmea

Um de cada um dos oito aeons,

na profundidade e silêncio,

a plenitude da mônada.

Pleroma que arquiteta,

o grande Primeiro Princípio

em cada um dos sete céus

Deixai-me a punição na Ogdóade

Vibrando no canto inaudível

Do Bem que sucede as trevas;

Da alegria a tristeza.

Do amor incontinente;

Do endurecimento concupiscente;

Da justiça injusta

Da bondade-cúpida;

Da verdade enganadora;

Da sujidade da luz-trevas.

Pois de dez,

se vão doze