Poeminha do diálogo carinhoso entre o pai e a filhinha

A filhinha quer ajuda para as letras da escolinha.

Ela traça a letra “a”, mas a perninha fica reta.

A menina faz careta, enquanto o pai faz um “a” porreta.

A filhinha fica triste e pro papai ela reclama:

– Não sei, papai, não sei. O meu “a” não fica certo.

Eu penso um “a” de curvinhas, mas ele fica reto.

– Calma, calma, meu amor. Não tenha tanta pressa,

A tarefa nem sempre é fácil, quando a gente começa.

– Meus amiguinhos, papai, já escrevem o alfabeto,

A professorinha olha e tudo está correto.

– Você, minha filhinha, em breve vai escrever assim,

Vai se encher de alegria e trazer alegria pra mim.

– Meus amiguinhos, nesse dia, vão estar muito na frente,

E sua filhinha de novo ficará tão impaciente.

– Minha filhinha, meu amor, nesta vida corra sempre,

Corra , corra, corra muito, mas não pra ficar na frente,

E nem pra ficar ao lado de quem vai mais arretado.

Corra sempre, todo dia, para ser o que você pode ser,

Pois isso, minha criancinha, traz a alegria de vencer...