A FESTA DOS BICHOS NO JARDIM

A festa dos bichos no jardim
Co-autoria: César Augusto, Anna Carolina , Clara Christina e Francineide Maria


                

Houve uma festa no jardim,
Lá no fundo do quintal.
Foi mais ou menos assim:
Parecia um arraial!

Pernilongo com o violino,
Dava o tom para a cigarra,
Que cantava alegres hinos.
Fazendo uma grande farra!

Voava sobre as flores,
A borboleta faceira...
Que com suas asas multicores,
Coloria a festa inteira!

A lagarta só comia,
As folhas do pé de salsa.
Era tanta sua alegria,
Que nem quis dançar a valsa...

Na sua teia, preguiçosa,
Ficava a gentil aranha.
Que naquela festa maravilhosa,
Deixou de lado a sua artimanha.

Ninguém quis ficar de fora
Desta festa alucinante.
Até o tímido tatu bola,
Não se embolou como antes...

A formiga era quem servia,
As guloseimas do buffet.
Fazia com tanta maestria,
Que nem pensava em comer!

A abelha não fez doce,
E bailava pelo céu...
Fosse como fosse,
Hoje não haveria mel.

E a linda joaninha,
Veio toda elegante!
Mas, preferiu ficar sozinha,
Num canto meio distante...

Já a pegajosa lesma,
Era pura emoção...
Bailava consigo mesma,
Deixando seu rastro no chão.

A pulga pulava feito louca!
Numa só animação.
Ninguém lhe calava a boca,
Vergonha ela não tinha não.

Num outro canto do “salão”,
Trocando uma forte idéia,
Estava o senhor pulgão
Com a animada centopéia

A lagartixa espiava,
Com cara de azedume.
Enquanto lhe ofuscava,
O piscar do vaga-lume!

De repente escondeu-se o sol...
E ouviu-se um grande grito!
Recolheu-se o lépido caracol.
Era a voz do mosquito:

“Olha a chuva que vem vindo!”
Foi aquela confusão.
Acabou-se o baile tão lindo,
Esvaziou-se o nobre salão!

E a chuva veio forte!
E cada bicho foi pra sua toca.
Só quem achou que teve sorte,
Foi a dançante minhoca!

Que dançou a tarde inteira,
No meio do temporal...
Essa história é verdadeira,
Aconteceu no meu quintal.