É o amor ...
Aproximou-se de leve, tão calma e silente,
Como quem não quer nada se pôs a sorrir,
Fixou-se em mim a me olhar ternamente,
Par de olhos tão belos de um verde a luzir.
Era a imagem de um anjo de conto de fadas,
Cujo enredo tão lindo não mais teria um fim,
Desconhecendo os dias, noites, madrugadas,
Perdurando no tempo em sorrisos pra mim.
Realidade e meus sonhos cingiram-se agora,
Tecendo suavemente uma história de amor,
Com um fundo musical de raridade sonora,
Melodiosa é a alma em felicidade e frescor.
Que me importa o tempo lá fora apressado?
Quem corre não tem tempo e nem sabe viver.
Cá dentro em minh’alma há um tempo parado,
A presenciar calmamente do amor o alvorecer.