É o amor ...

Aproximou-se de leve, tão calma e silente,

Como quem não quer nada se pôs a sorrir,

Fixou-se em mim a me olhar ternamente,

Par de olhos tão belos de um verde a luzir.

Era a imagem de um anjo de conto de fadas,

Cujo enredo tão lindo não mais teria um fim,

Desconhecendo os dias, noites, madrugadas,

Perdurando no tempo em sorrisos pra mim.

Realidade e meus sonhos cingiram-se agora,

Tecendo suavemente uma história de amor,

Com um fundo musical de raridade sonora,

Melodiosa é a alma em felicidade e frescor.

Que me importa o tempo lá fora apressado?

Quem corre não tem tempo e nem sabe viver.

Cá dentro em minh’alma há um tempo parado,

A presenciar calmamente do amor o alvorecer.

José Antonio Siqueira
Enviado por José Antonio Siqueira em 18/02/2006
Código do texto: T113237