Teus olhos...
Duas pérolas negras, tão doces, me fitam.
Olhares profundos num fitar penetrante.
Tão ternos, suaves, envolventes, me incitam,
Promessas de sonhos num bailado hesitante.
Proibido é sonhar com tais negras pérolas,
Ainda que remansos nos olhares me incitem.
Em duas conchinhas como alvas auréolas,
Tocá-las não devo... não posso... Acreditem!
Ousadia eu não tenho, o cuidado me tange.
Quisera tocá-las, beijá-las... Que me evitem!
Se insisto em tocá-las e o amor se constrange,
Tocá-las não devo... não posso... Acreditem!