Cadê o anel?
 
Era tarde mormacenta...
Rotineira...  Poeirenta...
Acordando quem dormia
Na poltrona recostada!
Numa viagem sacolejada!
Tarde que viria ser poesia!
Quando certo desconforto
Arregalam sem alarde...
Os olhos de alguém!
Extasiam na oferenda da tarde!
E pregam na alma o que vêem!
                 *****
Redondo alaranjado...
Ia o Sol por traz do monte!
Balofo e preguiçoso...
Encaixando-se no horizonte
Nuvens densas bolinando!      
Como quando... Crianças brincando
Lembranças...
Vieram acender neste alguém!
 Passatempos, semelhanças!

Escondido entre as mãos...
Um anel ou aliança...
Entretinham a brincadeira!
Cobrando algumas prendas
Com quadrinhas alcoviteiras!
Canta quem erra...
As mãos, que o anel tem!
Versos esquecidos jorrando
Cantados por quem quer bem...
                  ***
Lá vai o Sol entrando...
Redondo como um vintém!
Menina me dá um beijo...
Que eu não conto pra ninguém´!
                   ***
18/04/2009
IZA SOSNOWSKI
Enviado por IZA SOSNOWSKI em 18/04/2009
Reeditado em 18/04/2009
Código do texto: T1546578
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