Elegia do amor maduro
Quando o tempo do silêncio
assentar em nossos corações
a pedra do esquecimento
já não seremos aquela árvore vibrante
nem gozaremos com as vorazes cataratas
ao rumor da vida.
Quando esse tempo chegar
é certo que chorarei
sobre os restos mortais
do nosso verso-reverso.
É certo que chorarei
Sobre o nosso sudário.
Quando esse tempo chegar
a Paz e a Liberdade
de certo perguntarão:
– Vorazes cataratas ao rumor da vida,
sabedes nova do meu amado?
Sabedes nova do meu amigo?
Graça Graúna. Canto mestizo. RJ/Maricá: Editora Blocos, 1999, p.65.
graça graúna
Enviado por graça graúna em 18/10/2010
Reeditado em 18/10/2010
Código do texto: T2562993
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