HOJE SOU...


Hoje sou palavra desprovida de nexo,
tempo que oscila sem sexo ou idade...
No olhar há um véu denso de mistérios
que busca descortinar a real identidade.

Sou alma aberta em cruciantes verdades
e corpo entrelaçado ao pêndulo da hora...
No fluxo enigma do dia sou ave sem asas
e o sonho de voar, sem adeus foi embora!

Hoje sou outono na leveza da folha caída,
silêncio profundo que aguarda a invernia...
Momento vivido que ameaça ser esquecido.
Em rimas imprecisas, sou o choro da poesia!



13/05/2011