Terra seca azul seco

De tanto andar e nada ter.

Ponho-me a deitar sob a poeira do chão.

Em minha volta, não existe nada,

apenas passa um gavião.

Sol que péla pela minha pele. Eu não

conscientizo nada, além de terra seca.

Oh, ave, não se vá! Pois és a única que

me deu um pouco de sombra fresca...

Mesmo que por um instante, ele

se torne a minha nuvem.

Sendo-me a inspiração para encontrar alguém.

E voa com tranquilidade marcando o céu feito um avião a jato.

Em meio a isto, repouso o olhar

com serenidade e, fico despreocupada.

Alguém me ofereça um gole de água neste deserto.

Sigo em rumo ao vazio em meio

às dunas caminhando reto.

Ave, não bata suas asas assim,

ou para mim. Provavelmente... eu as roubaria.

De tudo faria... Só para me sentir livre de toda

essa agonia.

Madoka
Enviado por Madoka em 07/02/2013
Reeditado em 15/09/2023
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