Onipotência das Auroras

Um livro, uma dedicatória, nada mais.

Pequenos fragmentos de uma vida esquecida,

de uma quimera sonhada, sentida;

um surrealismo juvenil, nada demais.

Páginas e lágrimas fundidas, finais.

Sacrário de pensamentos sangrados

escondidos em porões da memória, velados,

por um acorde de violino, uma taça de vinho, jograis.

O vento depositou nos olhos a solidão

e no peito um ceticismo que teima em queimar

na confusão das horas.

A alma é deserta, mãos são calos, os olhos servidão.

O destino teima em ver eternamente duelar

A fé de um homem e a onipotência das auroras.

Roniel Oliveira
Enviado por Roniel Oliveira em 27/07/2014
Código do texto: T4898843
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