Glicínias
 

Tão bela numa tarde azul,
mais que as glicínias da varanda,
delicada como a lavanda
surgiu-me doce como um blues.
 
Quem me dera outra vez a moça
voltasse de repente um dia
por novos cachos de glicínia

ou pela minha cara tosca.
 
Hoje, ao ver o roxo das flores,
relembro a jovem com ternura
e finjo que ela então figura
na galeria dos meus amores.


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N. do A. – Na ilustração, Glicínias de Claude Monet (França, 1840-1926).

João Carlos Hey
Enviado por João Carlos Hey em 08/09/2015
Reeditado em 11/10/2022
Código do texto: T5374641
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