lembranças da infancia

Lembranças da Infância

Que saudades daqueles tempos de criança,

Quando as coisas eram tudo normais.

Ter uma TV era nossa maior esperança,

Só víamos os artistas pelos recortes de jornais.

O instrumento do medo era a tal palmatória,

Os pais podiam seus filhos disciplinar.

São tempos que guardo ainda na memória,

Para aos meus netos um dia lhes contar.

Aulas de religião eram fáceis de aprender,

Nela aprendíamos que roubar é pecado.

E respeito aos nossos pais devemos ter,

Que o mais velho deve ser respeitado.

As professoras eram preferidas pela idade,

A de ciência e historia eram as mais educadas.

A de matemática era séria e não dava liberdade,

Porem a de português e a diretora eram as cobiçadas.

Sapatos conga e ki chute eram obrigatórios,

Camisa branca calça de tergal azul era o uniforme.

E ainda tinha que usar um tal de suspensório,

Carregava na mochila um dicionário enorme.

Os carrinhos eram feitos de modo caseiro,

Os rolimãs desciam ladeiras abaixo velozes.

Piqueniques aos domingos debaixo do cajueiro,

E os políticos não eram nossos algozes.

Andava de bicicleta sem joelheira e capacete,

Tomava banho de chuva sem medo de resfriado.

Passeava pela fazenda montado e um ginete,

Jogava bola de meia no campo sem gramado.

No radio ouvíamos musicas que falavam de amor,

As canções não faziam apologias ao sexo e violência.

O rock era a dança da alegria no frio ou no calor,

O povo não tinha estresse era ordeiro com paciência.

Não tinha internet pesquisa era na biblioteca municipal,

Os amigos estavam on line ao lado nos dando atenção.

Quem protegia a cidade era uma guarnição policial,

A família jantava junta sem interferência da televisão .

Todos estudavam com a esperança de ser doutor,

A pelada do fim de semana era para descontrair.

O menino de hoje só ver futuro se for um jogador,

Quando entram no crime não conseguem mais sair.

Sei que os tempos de outrora jamais voltarão,

São dias passados que fazem parte de uma história.

Aventuras infanto juvenis que vão ficar no coração,

O tempo jamais os apagará da minha memória.

ARTONILSON MACEDO BEZERRA
Enviado por ARTONILSON MACEDO BEZERRA em 06/10/2016
Código do texto: T5783744
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