Recordo-me

Recordo-me dos meus anos

dos meus dias de glória

recordo-me de quando não havia preocupações

recordo-me de uma infância distante.

Há muito não sou mais criança

e recordo-me de quando não queria ser

recordo-me de todas as vezes

que em sonho me vi crescer.

Recordo-me das andanças

das criancisses

da arrogância desengonçada

das peripécias.

Recordo-me das discordâncias entre corpo e voz

entre ações e pensamentos

entre sanidade e insanidade

recordo-me de mim mesmo

de toda dualidade.

Recordo-me de todo trajeto

de todo tropeço

de cada vitoria

eu vivi, acredite!

portanto não chores na minha partida

e se na despedida eu ti deixar um sorriso

sorria de volta

é só o que peço.

arilange mira
Enviado por arilange mira em 28/08/2018
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