HISTÓRIAS DE FANTASMAS - RECORDAÇÕES PUERÍCIAS

Nossa casa era velha, e cheia de fantasmas, esse era o rumor.

Na calada da noite, ouvíamos lavarem louça, era um estupor.

Só o barulho da água da pia, e dos pratos. Nos enchíamos de pavor.

E quando alguém, corria para ver, tudo parava, nada tinha, só o temor.

Resolvemos assombrar a empregada, com lençóis brancos só para ver o horror.

Mas, ela desconfiou, e trancou a porta do quarto, para mostrar seu rigor.

Porém, quando se virou, deu de cara com uma mulher de branco, e foi arrebatador.

Essa mulher correu tanto, não quis mais voltar, foi um medo avassalador.

Minha mãe esperava uma candidata a emprego, para ser trabalhador.

De repente na porta da sala, surge uma senhora calada, sem estertor.

Pediu que ela sentasse e foi pegar uma água por causa do grande calor.

Na volta, não havia ninguém lá, e notou que tudo estava trancado, sem contrapor.

Mamãe me mandou dormir, e fui ouvir discos de histórias, por ser obstinador.

Mas, o personagem começou a gritar, e o som foi ensurdecedor.

Ela entrou ligeiro, pensando que era eu gritando de terror.

E me deu um belo carão, pela minha desobediência, com rancor.

Eram tantas histórias de fantasmas, que dava até um tremor.

Imaginar que lá tinham fantasmas, e que podiam aparecer com fulgor.

E o desconhecido, sempre foi para mim, bastante tentador.

E à noite, no quarto, eu imaginava surgirem sem torpor.

Um dia por maldade, foram tentar me colocar pavor.

E três meninas lá de casa, com lençóis queriam ser escarnecedor.

E do nada abriram a porta do quarto e gritaram com horror.

Do susto, também gritei, e elas se assustaram. Foi devastador.

Noélia Alves Nobre
Enviado por Noélia Alves Nobre em 20/11/2018
Reeditado em 20/11/2018
Código do texto: T6506988
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