EU CATRUMANO

Meu “imbigo” mãe enterrou no canto de uma cerca

Lá pras bandas de Burarama

Soterrado com um punhado de terra “vermeia” com a intenção de que brotasse

Fui plantado feito muda de” cagaitera”, de pequi e “rebenta-boi”

Pra que vingasse firme e forte, homem feito

Feito pau de “aruera”, mas que tivesse um tiquim de doçura tamén

Por que nesse mundo, nesse chão pisado de boi

Nem burro xucro merece açoite, nem passarim merece morrê de pedra de bodoque.

Bruno Andradi
Enviado por Bruno Andradi em 18/02/2019
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